Como a mastopexia pode afetar a sensibilidade dos seios? Explicação dos impactos e fatores que influenciam a recuperação

Entendendo a mastopexia e a sensibilidade dos seios

A mastopexia, também chamada de lifting de mamas, é a cirurgia plástica indicada para corrigir flacidez e ptose mamária, promovendo o reposicionamento e remodelação dos seios. O procedimento pode ser realizado com ou sem implantes, e busca restabelecer o contorno e a firmeza das mamas. Um dos temas que mais gera questionamentos entre as pacientes é como a mastopexia pode afetar a sensibilidade dos seios, especialmente na região da aréola e mamilo, devido à importância dessas áreas para o bem-estar e autoestima feminina. A Dra Amandia Marchetti destaca que compreender esse aspecto é essencial para alinhar expectativas e garantir uma tomada de decisão consciente.

Como ocorrem as mudanças na sensibilidade?

Durante a mastopexia, há manipulação dos tecidos mamários, incluindo pele, glândula e, principalmente, o complexo aréolo-mamilar (CAM), estrutura ricamente inervada. O processo cirúrgico pode envolver o estiramento, reposicionamento ou até mesmo comprometimento temporário dos nervos sensitivos da mama, em especial aqueles responsáveis pela sensibilidade tátil e erógena da aréola e do mamilo. Conforme a literatura médica, a extensão das incisões e a técnica escolhida influenciam diretamente o risco de alteração sensorial. Em geral, técnicas que preservam o pedículo neurovascular tendem a manter maior integridade nervosa, diminuindo a probabilidade de perda permanente da sensibilidade.

Tipos de alteração de sensibilidade pós-mastopexia

As alterações mais comuns referidas no pós-operatório imediato e tardio da mastopexia incluem:

  • Hipossensibilidade: Redução na capacidade de sentir toques leves, pressão ou temperatura. É a alteração mais frequente, podendo atingir parte ou toda a mama, principalmente aréola e mamilo. Geralmente, tende a ser transitória.
  • Hipersensibilidade: Algumas pacientes podem relatar sensação exagerada ao toque, desconforto ou até dor. Esse sintoma é mais comum nos meses iniciais e tende a regredir com o tempo.
  • Anestesia total: Em situações menos comuns, há ausência completa de sensibilidade em áreas delimitadas. Na maioria dos casos, há alguma recuperação gradativa, embora exista a possibilidade de sensibilidade não retornar completamente.
  • Parestesias e formigamentos: Sensações de choques, formigamento ou queimação são descritas por algumas mulheres como parte do processo de regeneração dos nervos sensibilizados ou afetados.

Fatores que influenciam a recuperação sensorial

Diversos fatores podem contribuir para a intensidade, extensão e reversibilidade das alterações de sensibilidade após a mastopexia:

  • Técnica cirúrgica: Incisões maiores, descolamento extenso de tecidos ou maiores reposicionamentos do complexo aréolo-mamilar aumentam o risco de lesão de nervos. Técnicas menos invasivas costumam preservar melhor a sensibilidade.
  • Tamanho e grau de ptose da mama: Mamas maiores ou com flacidez significativa exigem manipulação mais ampla, impactando na chance de alteração da sensibilidade.
  • Experiência do cirurgião: Profissionais com expertise e detalhamento anatômico reduzem o trauma ao tecido nervoso.
  • Características individuais: A configuração anatômica dos nervos varia em cada paciente e pode influenciar o resultado.
  • Capacidade de regeneração nervosa: Em geral, mulheres mais jovens e saudáveis têm maior potencial de recuperação sensorial.

Prognóstico e perspectivas de recuperação

A literatura científica aponta que boa parte das alterações sensoriais pós-mastopexia são transitórias. A maioria das pacientes observa melhora significativa da sensibilidade nos primeiros seis meses a dois anos, devido à regeneração gradual dos nervos afetados ou comprimidos pelo procedimento. No entanto, deve-se adotar postura realista: existe chance, ainda que pequena, de a alteração se manter de forma permanente, principalmente em casos de reposicionamento significativo do CAM ou em cirurgias mais invasivas. Por isso, a Dra Amandia Marchetti enfatiza a importância de discutir tais possibilidades antes da cirurgia para que não haja frustração ou surpresa no pós-operatório.

Orientações e cuidados para o pós-operatório

Algumas recomendações podem favorecer a recuperação sensorial ou minimizar incômodos caso ocorram alterações:

  • Siga todas as orientações pós-operatórias, principalmente no repouso dos braços e proteção das incisões.
  • Evite exposição direta a agressões, como sol, calor, frio intenso e fricção excessiva das mamas nos primeiros meses.
  • Mantenha a pele bem hidratada e atente-se ao uso correto do sutiã cirúrgico.
  • Comunique imediatamente à equipe médica mudanças abruptas, dor intensa ou ausência total de sensibilidade, pois esses sinais podem indicar intercorrências a serem avaliadas.
  • Mantenha um acompanhamento regular

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